Ao contrário, os PL após 3 meses de tratamento com a AZA mostraram relação com resposta sustentada ao fármaco. Portanto, quando a AZA foi eficaz a longo prazo, verificou‐se descida dos valores dos leucócitos (r = –0,295, p = 0,013), da
PCR (r = –0,332, p = 0,005) e das plaquetas (r = –0,360, p = 0,03) e houve aumento da hemoglobina (r = 0,307, p = 0,010) e do VGM (r = 0,255, p = 0,047), de forma estatisticamente significativa. A tabela 3 mostra a evolução analítica dos PL (antes e após o tratamento), de acordo com a eficácia do tratamento. No grupo de doentes em que o tratamento não foi eficaz verificou‐se também descida do valor dos leucócitos e aumento do VGM com significância estatística, contudo, em menor grandeza relativamente ao grupo de doentes em que o tratamento foi eficaz a longo prazo. Com base em análise multivariada, através Veliparib da regressão linear (método enter) confirmou‐se 17-AAG concentration que os PL aos 3 meses predizem o sucesso terapêutico (R = 0,517, p = 0,005), ao contrário dos PL antes do tratamento (r = 0,287;
p = 0,444). Através da regressão linear (método stepwise), verificou‐se que os PL aos 3 meses que predizem mais o sucesso terapêutico a longo prazo da AZA são a PCR e os leucócitos (r = 0,501, p = 0,000). Verificou‐se ainda que a duração do tratamento com 5‐ASA se correlacionou com a eficácia a longo prazo da AZA, sendo que quanto maior a duração do 5‐ASA maior a eficácia check details da AZA (r = 0,258, p = 0,029). A suspensão dos corticoides também se correlacionou com a eficácia a longo prazo da AZA (r = 0,265, p = 0,041). A AZA mostrou ser efetiva na terapêutica de manutenção da DC e da CU3, 4, 5, 6, 7, 8 and 19. Contudo, os fatores preditivos de resposta sustentada são pouco conhecidos, existindo escassos estudos que avaliam como end‐point primário
esta problemática. Na nossa série avaliámos a eficácia e os fatores de resposta sustentada à AZA numa população de doentes com DII seguidos em consulta no Hospital de Faro. Nesta população, 23,6% dos doentes iniciaram imunossupressão com AZA, tendo sido o fármaco eficaz em 66,7% dos doentes. Discriminado, de acordo com o tipo de doença, a AZA foi eficaz em 70,6% dos doentes com CU e em 60% dos doentes com DC. Noutros estudos a eficácia da AZA foi avaliada entre 40‐81% dos casos 4, 8, 11, 12, 13, 20, 21 and 22, sendo, contudo, usadas diferentes definições de resposta ao fármaco. De facto, uma das desvantagens do uso das tiopurinas é a dificuldade em avaliar a resposta clínica. No nosso estudo, a avaliação foi retrospetiva e os critérios utilizados foram critérios clínicos/endoscópicos com a subjetividade inerente.